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Foto de Laurens Lindhout/Soccrates/Getty Images |
Sabemos que o problema do Chelsea não é o ataque, já que nas partidas de Premier League e Champions a equipe soma 16 gols em 9 jogos (média de 1.7 gols por jogo), sendo 14 pela liga inglesa. O ataque é promissor graças aos jovens, mas o que vem preocupando são as falhas defensivas e a formação ainda em adaptação.
Lampard varia os esquemas o tempo todo, ora com 4 defensores, ora com 3, mas as falhas se repetem. É perceptível o uso da marcação por zona, fazendo com que o time se recomponha e arme a jogada da mesma forma.
O funcionamento da defesa por marcação em zona consiste em cada jogador marcar determinada área do campo encurtando os espaços, se tornando teoricamente uma defesa sólida, porém não é o que vem acontecendo, pois da mesma forma que faz gols, leva. Foram 15 gols sofridos em 9 jogos (13 pela Premier League e 2 pela Champions).
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O time tem altos e bons zagueiros, com Tomori se destacando, mas isso não impede que o time sofra com a bola aérea. O mais interessante é como a maioria dos gols sofridos foram feitos.
Como a marcação por zona é de encurtamento de espaço dentro do campo e não individual - onde o jogador deve marcar relacionado à sua posição, os gols adversários saem de cruzamentos altos e rasteiros, a exemplo Chelsea 2-2 Sheffield, onde os dois gols dos visitantes foram em bolas cruzadas para dentro da área. No gol sofrido contra o Lille, pela segunda rodada da Champions League, não foi diferente.
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Gol do Lille saiu em jogada de bola aérea. (Screnshoot do vídeo do canal Louis Norman) |
Na bola aérea defensiva, os jogadores de marcação se alinham um ao lado do outro e esperam a chegada do adversário. Como os jogadores de ataque vêm em velocidade, com maior impulsão e mais força, se torna um lance quase fatal se o zagueiro não tiver um ótimo tempo de bola e a marcação por zona estiver encaixada. Ninguém marca individual.
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Cobrança de escanteio no segundo tempo. ((Screnshoot do vídeo do canal Louis Norman) |
Mais uma vez percebe-se a marcação por zona. Os defensores vão de encontro ao jogador adversário após a cobrança de escanteio. Não tem aquele empurra-empurra que, normalmente, atrapalha a ação ofensiva.
No esquema com 4 defensores, o meio fica interditado com a marcação dos meias e dos volantes (linhas 2 e 3 do 4-2-3-1 ou a primeira linha de 3 do 4-3-3) abrindo espaço nas alas, sobrando geralmente apenas o lateral que está marcando a zona e não o jogador. Azpilicueta sofreu muito com isso nesta temporada na disputa um contra um buscando a linha de fundo.
Lampard precisa urgentemente ajustar o posicionamento dos zagueiros nas bolas paradas e repensar se deve manter a marcação por zona, tendo em vista que é algo que leva tempo para ter o encaixe o ideal. Vale a pena seguir sofrendo com a bola parada ou é melhor simplificar e passar a marcar individualmente?
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