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Pulisic foi o único que conseguiu criar contra o Manchester United. (Foto: Getty Images) |
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A grande diferença entre as duas partidas está no aspecto tático: se, contra o clube da Andaluzia, Lampard mandou a campo o time no 4-2-3-1, com o quarteto de ataque composto por Pulisic (direita), Havertz (meia centralizado), Mount (esquerda) e Werner (centroavante), contra o Manchester United, vimos o ressurgimento do esquema com 3 zagueiros, pela primeira vez utilizado nesta temporada. Como homens mais adiantados, tivemos Havertz, Werner e Pulisic, este último jogando em sua posição preferida, pela esquerda. Ainda assim, as chances claras de gol não apareceram e, como ocorre quase toda semana, levantou questionamentos entre os torcedores sobre a capacidade de Lampard como treinador. Para piorar, nas coletivas de imprensa após ambos os jogos, ele se mostrou feliz com os empates, exaltando o fato de não haver concedido gols, mas sem mencionar muito a dificuldade criativa de sua equipe.
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Mendy foi destaque nas últimas duas partidas e vai colecionando clean sheets no seu início pelo Chelsea. |
As estatísticas dos confrontos também refletem toda a dificuldade encontrada nesses duelos. Ante o Sevilla, o Chelsea teve menos posse de bola (56% x 46%), finalizou apenas 6 vezes (das quais somente 4 foram no alvo), trocou menos e teve menor precisão nos passes. No confronto contra os rivais de Manchester, apesar de a posse de bola ter sido dividida igualmente e ambas as equipes terem trocado o mesmo número de passes (582 cada), foi o United quem chutou mais, com 14 chutes totais (4 na direção do gol), enquanto os Blues arremataram 6 vezes, mas somente deram trabalho a De Gea com Pulisic.
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Para finalizar, é necessário falar que esse desequilíbrio entre defesa e ataque passa muito pela dupla de meio campistas que tem figurado no onze inicial de Lampard: Kanté e Jorginho. Ambos dividem, quase que igualmente, a responsabilidade pela marcação, mas também são responsáveis pela transição ofensiva do time, seja com passes (mais característico do ítalo-brasileiro), seja acelerando o jogo pela condução de bola (algo que o francês faz com mais facilidade). O problema é que Jorginho não marca ninguém, não tem velocidade para acompanhar os ataques adversários na corrida e, contra adversários que o pressionem alto, nem o passe consegue ter, tornando-o peça praticamente nula. Nesse sentido, já passou da hora de promover a volta de Kovacic ao lado de Kanté: se não é exímio marcador, é um dos melhores da Europa em sair de pressões e acelerar o jogo pelo meio. Sem dúvidas, uma alteração que poderíamos ver já na próxima quarta-feira, contra o Krasnodar.
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